sábado, setembro 16, 2006
Bento XVI
Será que o Papa disse mesmo o que eu ouvi ontem de raspão no telejornal? Terei ouvido bem?
Com o respeito que é devido a uma pessoa que ocupa um cargo decisivo no mundo ocidental, tenho que dizer que o bom senso, aquela qualidade tão simples e necessária na vida de todos nós, esteve completamente alheia das palavras proferidas por Bento XVI.
Ainda me custa a acreditar!
quarta-feira, setembro 13, 2006
Profissionais da cassette
Passado o 11 de Setembro, é agora mais do que tempo de, friamente, tecer algumas considerações sobre a incrível forma como foi analisada aquela data no programa Clube de Jornalistas, há alguns dias atrás na 2. Para além de ser um escândalo que este canal público (sustentado por todos nós) possa ser usado como se fosse uma coutada particular, algumas personalidades ditas de esquerda, que se julgam donas de todas as verdades, conseguiram conspurcar intelectualmente aquele ambiente televisivo, atingindo níveis dramáticos de despudor e agudo facciosismo.
Estas pessoas ainda não perceberam que o problema do 11/9 deve ser tratado com humanidade, inteligência e bom senso, que os EUA não têm como sinónimo George W. Bush e que a verdadeira causa do terrorismo dos nossos dias tem uma base muito mais ideológica do que religiosa.
Como eles gostavam de nos obrigar a pensar como eles!
terça-feira, setembro 12, 2006
Como é que estamos?
O mundo estará mesmo a ficar um lugar menos perigoso? Embora vivamos sempre com a sombra (longínqua?) do terrorismo, parece que estamos numa fase de boas notícias – os capacetes azuis da ONU estão a caminho do Líbano, o Irão amolece as suas pretensões nucleares e a Europa está a iniciar uma nova fase de maior crescimento económico. Mesmo a nível interno, poderíamos afirmar que as coisas não vão completamente mal.
Só que cada vez o mês é mais longo para o dinheiro da maioria dos portugueses. Essa é que é a dura realidade. E como o problema não é do calendário pendurado na parede, onde os dias correm devagar, penso que estamos cada vez mais a rebentar pelas costuras.
Estou a ver que vamos levar estes anos todos a arrumar a casa e, a seguir, um qualquer rol de promessas eleitorais vai fazer estragar tudo de novo e voltaremos a problemas ainda maiores do que os actuais.
A contar os cêntimos
Na altura da criação do Euro, a Finlândia tomou a posição inequívoca de não pretender ser abastecida com moedas de 1 e 2 cêntimos, achando-as inúteis e sem valor. Vem isto a propósito da extraordinária decisão que a Galp tomou hoje de reduzir em 3 cêntimos a gasolina. Ou seja, na óptica dos finlandeses é como se não tivesse alterado nada.
Na prática, todos nós estamos conscientemente a ser obrigados a fazer figura de parvos. Ora vejamos. O petróleo baixou nos últimos trinta dias cerca de 16% e a nossa petrolífera tem o desplante de diminuir o preço da gasolina em 2% (!). Não há dúvida que a célebre fórmula usada para definir o preço dos combustíveis vendidos em Portugal, arduamente elaborada para acautelar os nossos queridos impostos, é um verdadeiro tratado de génio.
Azar do EXPRESSO
A intenção era boa, o tiro parecia certeiro. A ideia era colocar na 1ª página do "Economia" um artigo breve mas de longo alcance, claro e decisivo, com a chancela segura de um grande vulto da nossa praça.
Infelizmente, Miguel Cadilhe não correspondeu à expectativa. O seu texto é realmente curto como se impunha. No entanto, tem um conteúdo opaco, confuso na fraseologia, com preciosismos de linguagem a impedirem o fluir imperioso das palavras. Ler é um prazer quando os assuntos complexos se tornam simples, acessíveis e interessantes, revelando um genuíno trabalho de escrita. Aqui, pelo contrário, é a confusão que marca e aborrece.
Foi uma verdadeira oportunidade perdida!
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