sábado, janeiro 03, 2004

O Mundo em que vivemos


Embora as palavras já estejam demasiado gastas, e constituam um verdadeiro lugar comum, não deixa mesmo assim de ser indispensável expressarmos bons votos para este novo ano. É inquestionável que precisamos que a esperança renasça em cada novo ciclo, tentando obter uma vida melhor a todos os níveis.

Claro que muito depende do nosso esforço e tenacidade, da nossa capacidade e da aprendizagem constante que devemos efectuar. Mas muitas coisas não estão na nossa mão, o que exige uma energia acrescida de adaptação e de luta positiva para agarrar aquelas oportunidades que mesmo as situações mais adversas proporcionam.

É nesta altura que são sempre produzidas muitas previsões para o ano que começa, umas mais astrais outras mais terrenas, mas todas elas tentando aproximações a acontecimentos futuros cujo desenvolvimento influenciará em grande medida a vida de todos.

Nesse sentido, já constitui uma tradição o inquérito a 130 corretores de bolsa, efectuado no início de cada ano por Bob Pisani, especialista e comentador da CNBC na Bolsa de Nova Iorque. A pergunta mais importante, e que também é a que nos interessa mais, diz respeito à previsão relativa aos acontecimentos mais determinantes de 2004.

Como tudo o que acontece (ou pode vir a acontecer) de mais relevante, quer na vida das pessoas em geral quer na actividade económica, se vê reflectido de imediato nos mercados financeiros, a opinião dos profissionais da bolsa mais importante do mundo (e que influencia todas as outras) é sempre muito interessante, pela sua visão alargada e informada.

Não necessariamente pela ordem indicada, serão as seguintes as mais importantes situações a acompanhar em 2004, na opinião daquele painel de corretores:

- Eleição presidencial americana
- Impacto da baixa do dólar
- Receios de terrorismo
- Influência da China na economia global

Quer gostemos ou não, neste mundo efectivamente globalizado, existem factos objectivos que têm grande influência real em todo o mundo civilizado. É bom que acompanhemos esses acontecimentos e os levemos na devida consideração, para que possamos colocar na melhor perspectiva os nossos problemas, de maior ou menor dimensão, sejam individuais ou nacionais.

O nosso mundo deixou definitivamente de ser aquele pequeno lugar longe da multidão tornando-se, para o bem ou para o mal, uma parte integrante de uma vasta comunidade de nações.